VIVER E CONHECER-SE


O fundamental da vida: Viver a  se conhecer
Hoje, diante um mundo de mudanças, porém complexo, a verdade não se configura como certeza incontestável e permanente, tendo em vista a constatação de um futuro cada vez mais incerto... Um dos pensadores dos tempos atuais, Edgar Morin, coloca que Somos 100% natureza e 100% cultura, porém complexo.  Nós somos considerados seres que: Falam; Fabricam seus próprios instrumentos; Simbólicos, pois criamos nossos símbolos, nossos mitos, e nossas mentiras. Diz Morin, que é sistemático demais possuirmos um sapiens ou dois, em nossa autodenominação; é preciso acrescentar um demens, ficando: Homo sapiens sapiens demens, o que mostra o quanto somos descomedidos, loucos. Todo homem é duplo: ao mesmo tempo que é racional apresenta certa demência.
Qualquer atividade de seres vivos é guiada por uma tetralogia. Envolve relações de: Ordem; desordem; interação; (re) organização. Isto é o tetragrama organizacional.

Partindo do conceito atual denominado por Debord de ‘sociedade do espetáculo’ verifica-se uma diminuição do espaço para reflexão sobre si, sobre os outros e sobre o mundo, sendo a cultura do nosso tempo regida pelo consumo desenfreado, o individualismo e a busca pelo bem estar em curto prazo. Conforme Sibília: Nesta cultura das aparências, do espetáculo e da visibilidade, já não parece mais haver motivos para mergulhar naquelas sondagens em busca dos sentidos admiráveis perdidos dentro de si mesmo. Em lugar disso, tendências exibicionistas e performáticas alimentam a procura de um efeito: o reconhecimento nos olhos alheios e, sobretudo, o cobiçado troféu de ser visto. Cada vez mais é preciso aparecer para ser, pois tudo aquilo que permanece oculto, fora do campo da visibilidade... Corre o triste risco de não ser interceptado por olho algum, e se ninguém vê alguma coisa é bem provável que essa coisa não exista. Nesse contexto, caracterizado pela cultura do narcisismo e da fugacidade ressalta a cultura da supervalorização de si contrapondo-se à desvalorização do outro, tornando mais frágeis os laços sociais e afetivos.  O homem, enquanto ser único se descobre em seus sentimentos e busca neles se conhecer... Assim sua trajetória de vida depende de como o “EU” foi construído, que se começou lá no início, a partir dos laços afetivos familiar, mais propriamente na ligação materna e íntima que se viveu desde o contato uterino, a descoberta do mundo externo, a criação da  ligação entre mãe e filho que ocorre na fase oral, mas antes desde a ligação umbilical e que aos poucos vai sendo castrada para que a construção do “eu” seja contemplada e assim se atingir a maturidade(mente), sendo o ser humano a espécie mas dependente em maturação(corpo), em poucos meses de vida, já se tem bem desenvolvida sua capacidade de sentir e reagir aos estímulos, que se constatam nas fases de desenvolvimento: ora; anal; fálica; período de latência e a última fase do desenvolvimento psicossocial que é a genital e que se dá durante a adolescência.
Desde sempre o homem busca algo que desconhece: O homem busca o amor que gera a felicidade e que pela sua capacidade de criação, recria formas e maneiras de busca de algo que lhe aguarda, por desconhecer a capacidade que tem enquanto ser humano, de amar e como bem disse antes Platão e disse Cristo posteriormente. Amar... O homem que ama o idoso; que ama a criança; que ama...
Amar o próximo como a si mesmo; amar o outro... Segundo as palavras de Jesus Cristo
Querendo nos fazer entender que: se o amor vivido, é sentido, não há necessidade de personalizar, mas simplesmente amar...

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Gosto muito desse poema que em um dos meus momentos de inspiração escrevi... Falo do tempo que acredito que precisa ser bem preenchido por bons momentos que a vida sempre nos proporciona.Felicidades sempre!
Vilma