É possível viver bem?


Transtorno Mental (mal dos dias atuais) 

Distimia:
O diagnóstico é eminentemente clínico. O dado mais importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos. 
Via de regra, os portadores de distimia desenvolvem concomitantemente episódios de depressão grave. Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda. A associação de medicamentos antidepressivos com psicoterapia tem apresentado bons resultados no tratamento da distimia. Isoladamente, um e outro não funcionam a contento. Embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas possibilidades de reagir e estabelecer relações interpessoais. A psicoterapia sem respaldo farmacológico é contraproducente, porque cobra uma mudança de comportamento que a pessoa é incapaz de atingir por causa de sua limitação orgânica.
Na Distimia há uma falha nos mecanismos de regulação da serotonina, um neurotransmissor que modula as mudanças de humor. O déficit de serotonina está presente em uma serie de transtornos, como:
·         Anorexia
·         Depressão
·         Fobias
·         Obsessões
·         Bulimia
·         Crises de Pânico, etc.
Distimia é um transtorno menos grave que os citados, mas sua duração causa inúmeros dissabores, além de poder derivar fenômenos mais graves, como a Depressão Maior e Crises de Pânico, por exemplo.

Estudos indicam que os distúrbios relacionados com o déficit da serotonina afetam 30% das pessoas. Adistimia seria o distúrbio mais frequente. Estima-se que 3% da população geral sofrem deste distúrbio.

Recomendações
Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que por volta de 15% a 20% dos pacientes tentam o suicídio.
Causas
A causa exata da distimia é desconhecida e afeta cerca de 5% da população. Não se sabe com segurança a causa exata da Distimia. Existem os que defendem causas endógenas, constitucionais, internas. Outros apontam predisposições hereditárias e também há os que atribuem a razões familiares, como:
·         Relações familiares insatisfatórias na infância
·         Pais agressivos, distímicos
·         Famílias com pessoas que sofrem de Depressão, Pânico, DOC
·         Famílias com maior incidência de distúrbios de personalidade, abuso de álcool e drogas
·         Famílias com doenças incapacitantes (cegueira, surdez, amputações, etc)
Geralmente há uma conjunção de fatores que levam, não só às formas mais ou menos prolongadas ou intensas da Distimia, quanto à característica própria de expressão da doença em cada indivíduo.
Muitas pessoas com distimia têm um problema médico de longo prazo ou outro transtorno mental, como ansiedade, abuso de álcool ou dependência de drogas. Cerca de metade das pessoas com distimia também terá um episódio de depressão profunda em algum momento de suas vidas.
A distimia em idosos é muitas vezes causada por:
·         Dificuldade de cuidar de si
·         Isolamento
·         Declínio mental
·         Doenças

Exames
Seu médico fará um histórico do seu humor e de outros sintomas de saúde mental. O médico também pode pedir exames de sangue e de urina para excluir causas médicas da depressão.

Sintomas
Oscilações do humor (irritado ou deprimido)

·         Dificuldade em aproveitar o lado bom da vida
·         Transtornos do sono, que não é reparador. Acordar várias vezes à noite e sentir-se cansado pela manhã. Insônia ou sonolência
·         Dificuldade de concentração e de memória, mesmo para atividades lúdicas (assistir um filme, por exemplo)
·         Somatizações (ex: dores de cabeça, fadiga crônica)
·         Desesperança
·         Aumento ou diminuição do apetite
·         Sentimentos de incapacidade e menos-valia
·         Em crianças: irritabilidade, manhas
·         Em adolescentes: isolamento, rebeldia, abuso de drogas, irritabilidade.
Distimia:
O termo Distimia , que vem do grego e significa “humor perturbado”, é atualmente usado em substituição a denominações antigas, como Neurose Depressiva, Depressão Neurótica, Neurastenia, Melancolia e Transtorno Depressivo de Personalidade. Também é chamado hoje Distimia Depressiva

Distimia comumente associa-se a um estresse continuado e ocorre em pessoas submetidas e propensas a tensões constantes. Osdistímicos são muito exigentes consigo próprios e com os outros e não aceitam limitações, pessoais ou alheias. Qualquer situação os deixa estressados e são verdadeiras “máquinas” de produzir estresse em quem as cerca. Assim, a Distimia é causa frequente de mal estar pessoal e familiar. Os distímicos são “amargos”, constantemente estão irritados, agressivos, polêmicos. Os portadores de Distimia têm pouca tolerância às frustrações. Vivem confusos, porque não tem uma reação previsível aos fatos. Acontecimentos pequenos podem ser maximizados, ou problemas graves não serem percebidos, causando uma verdadeira apatia, quase uma sedação. Com isso, geram confusão, pois os outros não têm um parâmetro que lhes indique o que agrada ao distímico ou não. Essas pessoas são consideradas de mal humoradas, instáveis, tristes, pessimistas, difíceis de satisfazer.

O desenvolvimento profissional pode ser prejudicado pelos desentendimentos com os colegas. Como têm baixa autoestima e muita autocrítica, não conseguem confraternizar e usam qualquer pretexto para evitar situações de contato social. Como consequência,distímicos reagem negativamente no trabalho, nas atividades sociais e afetivas, o que retroalimenta a solidão e o pessimismo. Distimiagera retração, isolamento social, rejeição, desculpas para o isolamento, um círculo vicioso que prejudica a qualidade de vida como um todo.É importante considerar a forma autodestrutiva que alguns distímicos adotam para alívio de seu sofrimento, como, por exemplo, o uso álcool e drogas ou o comer compulsivo, levando-os a serem tratados como alcoólatras, drogados ou obesos, sem levar em conta a depressão de base que os levou a essas doenças.


Tratamento de Distimia
O tratamento da distimia inclui terapia com medicamentos antidepressivos combinada a algum tipo de psicoterapia.
Muitas vezes, os medicamentos não funcionam tão bem para a distimia quanto funcionam para a depressão profunda. Depois de começar a tomar medicamentos, talvez você demore mais tempo para se sentir melhor.
Os seguintes medicamentos são usados para tratar a distimia:
·         Os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) são os medicamentos mais usados para a distimia. São eles: fluoxetina (Prozac), sertralina (Zoloft), paroxetina (Paxil), fluvoxamina (Luvox), citalopram (Celexa) e escitalopram (Lexapro).
·         Outros antidepressivos usados para tratar a distimia incluem: inibidores de recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSNs), bupropiona (Wellbutrin), antidepressivos tricíclicos e inibidores da monoamina oxidase (IMAO).
 As pessoas com distimia costumam ser beneficiadas por algum tipo de psicoterapia. A psicoterapia é um bom momento para conversar sobre sentimentos e pensamentos e, acima de tudo, para aprender maneiras de lidar com eles. Os tipos de psicoterapia incluem:
·         A terapia cognitivo comportamental (TCC) ensina às pessoas deprimidas algumas formas de corrigir pensamentos negativos. As pessoas podem aprender a ter consciência dos sintomas, aprender o que causa o agravamento da depressão e aprender a solucionar problemas.
·         A psicoterapia baseada em hipóteses ou psicodinâmica pode ajudar as pessoas com depressão a entender os fatores psicológicos que podem estar por trás de comportamentos, pensamentos e sentimentos depressivos.


Expectativas

A distimia é uma doença crônica que dura muitos anos. Embora algumas pessoas se recuperem completamente, outras continuam tendo alguns sintomas, mesmo com o tratamento.
Embora não sejam tão graves quanto da depressão profunda, os sintomas da distimia podem afetar a capacidade de a pessoa ter uma vida familiar e profissional normal.
A distimia também aumenta o risco de suicídio.

Complicações possíveis

Se não for tratada, a distimia pode se transformar em um episódio depressivo profundo. Isso é conhecido como "depressão dupla".

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Gosto muito desse poema que em um dos meus momentos de inspiração escrevi... Falo do tempo que acredito que precisa ser bem preenchido por bons momentos que a vida sempre nos proporciona.Felicidades sempre!
Vilma